
União dos Palmares registrou 22 novos casos de infecção pelo vírus HIV em 2024, conforme dados oficiais da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (SESAU), obtidos pelo BR104, por meio da Lei de Acesso à Informação. Os números foram tabulados em março de 2025 pela Área Técnica Estadual de IST/HIV/Aids da SEVISA e refletem o cenário epidemiológico do município no último ano.
O total de casos coloca União dos Palmares entre os municípios da Zona da Mata alagoana com maior número de notificações em 2024, atrás apenas de cidades como Maceió (627 casos) e Arapiraca (75), que concentram boa parte dos registros no estado. Marechal Deodoro e Pilar, também na região metropolitana, notificaram 24 casos cada, enquanto Viçosa e São José da Laje registraram três e oito casos, respectivamente.
O dado atual representa uma leve redução em relação ao ano de 2023, quando União dos Palmares notificou 15 casos. No entanto, os números seguem dentro de uma tendência de estabilidade observada desde 2020. Ao longo da última década (2013 a 2023), o município acumulou 137 casos de HIV diagnosticados, sendo o 6º com mais registros na região da Zona da Mata, atrás de Maceió, Marechal Deodoro, Pilar, Rio Largo e São Miguel dos Campos.
De acordo com o levantamento estadual, o perfil das pessoas infectadas se concentra nas faixas etárias de 20 a 34 anos e de 35 a 49 anos, predominando o sexo masculino. Essa característica é semelhante à observada em todo o estado de Alagoas. Em 2024, o total de casos de HIV em Alagoas foi de 860, com outros 329 registros de Aids, somando 1.189 notificações.
O governo estadual informou que pretende reforçar, ao longo de 2025, a política de prevenção à infecção pelo HIV, por meio da ampliação do acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP), além de ações educativas, capacitações para equipes de saúde e distribuição de preservativos nas unidades de saúde municipais.
Na Zona da Mata, além de União dos Palmares, outros municípios com registros em 2024 incluem Murici (11), Joaquim Gomes (1), Branquinha (3), Ibateguara (4), Colônia Leopoldina (5) e Flexeiras (7). A presença do vírus em municípios de pequeno porte demonstra a interiorização da epidemia e reforça a importância de ações regionalizadas e contínuas de vigilância em saúde.
Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com base nos registros alimentados pelos municípios e organizados pela SESAU.

Casos de AIDS apresentam queda em Alagoas
Qual a diferença entre AIDS e HIV?
HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana)
• É o vírus que infecta o corpo da pessoa e ataca o sistema imunológico.
• A pessoa pode viver anos com HIV sem apresentar sintomas.
• Se o vírus não for tratado, ele enfraquece as defesas do organismo, abrindo espaço para doenças oportunistas.
Ou seja: Ter HIV não significa que a pessoa tem Aids.
Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
• É o estágio avançado da infecção pelo HIV.
• Acontece quando o sistema imunológico está muito debilitado e a pessoa começa a desenvolver infecções graves (como pneumonia, tuberculose, entre outras).
• A pessoa com Aids precisa de acompanhamento intensivo e pode ter complicações sérias.
Em resumo: Aids é uma consequência possível da infecção por HIV, mas nem todo mundo com HIV desenvolve Aids, especialmente quem faz o tratamento corretamente.