
Carlos Eduardo Pedrosa dos Santos, conhecido como Dudu do Posto, foi condenado a 14 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio de José Alysson Belarmino da Silva, crime ocorrido em 2014, no distrito de Rocha Cavalcante, em União dos Palmares. Durante o julgamento, realizado em Maceió, o réu participou por videoconferência, alegando problemas de saúde. Após a sentença, ele não se apresentou às autoridades e foi considerado foragido.
Dias depois, o desembargador João Luiz de Azevedo Lessa, do Tribunal de Justiça de Alagoas, concedeu habeas corpus ao condenado, revogando a prisão preventiva e determinando o cumprimento da pena em prisão domiciliar. A decisão foi justificada por atestados médicos que indicavam enfermidade psiquiátrica. Como medida cautelar, Dudu deve apresentar laudos trimestrais atualizados à Justiça e não pode se ausentar da comarca sem autorização.
A decisão repercutiu por retomar discussões já conhecidas na cidade. Em 2018, o mesmo desembargador também havia concedido habeas corpus a Dudu do Posto no âmbito do mesmo processo, permitindo que ele aguardasse em liberdade. Três anos antes, em 2015, o desembargador João Luiz de Azevedo Lessa determinou o afastamento do então prefeito de União dos Palmares, Beto Baia, e deu posse ao vice-prefeito da época, Eduardo Pedrosa — que é tio de Dudu.