
A mãe de um menino de 7 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) denunciou um caso de maus-tratos ocorrido na escola onde seu filho estuda, em Brasília. Segundo Tatiana Sarkis de Oliveira, de 43 anos, o seu filho foi amarrado pelos braços e pernas e sedado dentro da instituição após apresentar um quadro de agitação, situação comum em pessoas diagnosticadas com TEA.
Em meio à crise, a direção da escola optou por acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que realizou a contenção física da criança e a transportou para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), sem o consentimento ou conhecimento prévio dos pais. Tatiana foi informada do ocorrido apenas quando seu filho já estava sendo levado na ambulância.
A mãe descreveu o impacto emocional do episódio para a criança. “Ele me disse: ‘Socorro, mamãe. Me amarraram, arrastaram, eu pedi para pararem, mas eu nem parecia gente. Me deram duas injeções. Eu estou no inferno?’”, contou ela.
Tatiana também relatou que a escola e o orientador educacional a criticaram por não medicar a criança, acusando-a de negligência e falta de preparo.
Diante da gravidade da situação, o caso foi denunciado à Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e ao Conselho Tutelar, para que as devidas providências sejam tomadas.