
A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou indícios de irregularidade no pagamento do Auxílio Emergencial de 2020. Em uma auditoria realizada pelo órgão, foi identificado o depósito de 2.746.610 parcelas para beneficiários potencialmente inelegíveis. Este valor chega a R$ 808,9 milhões.
De acordo com dados do relatório, 1,8 milhão de pessoas receberam as parcelas indevidas. O número equivale a cerca de 3% do total de 57,2 milhões dos beneficiários.
Entre as situações de irregularidade, destacam-se:
- 15.751 beneficiários com indicativo de óbito;
- 239.773 beneficiários com renda familiar mensal em desacordo com os critérios de elegibilidade e de continuidade para o recebimento do benefício;
- 821.991 beneficiários com vínculo empregatício formal ativo registrado no Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP);
- 16.680 beneficiários que residem no exterior;
- 38.282 beneficiários presos em regime fechado.
Além disso, no mesmo relatório, a CGU identificou pessoas com direito ao benefício, mas que deixaram de receber alguma das parcelas em 2020.