
Nesta terça-feira (3), aconteceu a reprodução simulada da morte da menina Maria Katharina Simões, de 10 anos, que foi encontrada no estábulo da família, com sinais de enforcamento, em Palmeira dos Índios, em julho deste ano. Com a reconstituição da cena, a Polícia Civil entende que os indícios apontam para um suicídio.
“As duas versões [da mãe e do pai] foram reconstituídas. São bem parecidas, tem alguns pontos controversos, mas que não influenciam muito na elucidação dos fatos. Nas duas versões foi constatado que realmente a criança poderia ter amarrado a corda e ter se enforcado. Vamos aguardar o laudo definitivo, mas preliminarmente podemos dizer que foi um suicídio”, afirmou Diogo Martins, chefe de operações da Delegacia de Palmeira dos Índios, ao site TNH1.
Segundo informações, o exame pericial durou quase cinco horas. Na ocasião, os peritos criminais, responsáveis pela reprodução simulada, analisaram fatores como altura, distância, espaço, peso, tempo e percurso. Além disso, os profissionais utilizaram uma pessoa com características físicas semelhantes às de Maria Katharina para recriar os últimos momentos de vida da vítima.
“A simulação reproduziu o dia do fato. A gente tratava como crime, mas acredito que agora foi esclarecido que foi um suicídio. A simulação trouxe desde o início quando a criança de 5 anos, o irmão da Katharina, se cortou no terreno aqui próximo. O pai veio até a residência pegar os documentos para poder ir para a UPA. Quando chegou aqui, ele deixou a Katharina em casa e foi embora só com o irmãozinho. Quando estava indo para a UPA, ele ligou para a mãe da Katharina, pedindo para ela voltar para a residência, porque a Katharina estava sozinha em casa. Quando a mãe voltou para casa, chamou na porta, ninguém atendeu, a mãe pulou a cerca e viu a Katharina enforcada no estábulo, no fundo da casa. Nesse momento, a mãe ligou para o marido, pai da Katharina, dizendo que a Katharina estava enforcada. Ele estava na UPA e pediu para ela cortar a corda e prestar o socorro. Ele retornou para a residência junto da irmã, quando chegou aqui, tentaram reanimar a Katharina, não tiveram sucesso. Tentaram ligar para o Samu, aqui é ruim de área (sinal), demorou a conseguir a ligação ao Samu. Resolveram prestar o socorro por conta própria e levá-la à UPA, no caminho conseguiram encontrar uma ambulância do Samu. Tiraram a menina do carro dele e colocaram na ambulância. Chegando na UPA, a Katharina já estava em óbito. Depois disso, alguns parentes foram até a UPA prestar socorro, tanto para o irmãozinho que estava com a perna cortada, quanto para a Katharina. A menina foi encaminhada ao IML e no dia seguinte iniciamos as diligências para tentar apurar os fatos”, disse Diogo Martins ao TNH1.
Agora, a polícia aguarda o laudo definitivo do exame que vai apontar o que ocorreu de fato.