
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nessa quinta-feira (4), o ex-presidente da Transpetro José Sérgio de Oliveira Machado e Paulo Chafic Haddad, operador financeiro. Na denuncia, o MPF acusa ambos de lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa.
De acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato, ao menos R$ 13,5 milhões foram utilizados como pagamento de propina na intensão de garantir o direcionamento favorável aos negócios das empresas Noroil Empresa de Navegação Ltda e da Vilken Hull.
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Segundo os procuradores do Ministério Público Federal, ficou comprovado que ao longo das investigações, além da Petrobras, a corrupção se alastrou para a Transpetro, que é uma empresa subsidiária da estatal.
“Sérgio Machado, então presidente da subsidiária, indicado e mantido no cargo por integrantes do MDB, tinha a função de arrecadar propinas para seus padrinhos políticos“, afirmou o MPF.
Ainda segundo os procuradores, a força-tarefa coletou o direcionamento de contratações, e além disso, o repasse de informações sigilosas com intensões de beneficiar determinadas empresas.
Esquema milionário de corrupção
Nas denúncias realizadas entre os meses de fevereiro e agosto de 2010, Machado teria solicitado para si e para integrantes do partido (MDB), R$ 11,9 milhões. Valor esse referente a propinas para conseguir garantir a contratação da empresa Noroil por meio da Transpetro.
“Nesta ocasião, além de praticar atos de ofício irregulares, o então presidente da subsidiária forneceu a Paulo Haddad, representante da Noroil, informações sigilosas sobre a proposta apresentada pela empresa concorrente na disputa“, relata o MPF.