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Justiça

Influenciador Kel Ferreti é condenado a 10 anos de prisão por estupro em pousada de Maceió

Após a troca de mensagens, algumas com teor sexual, o influenciador combinou um encontro com a jovem em uma pousada.

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Kel Ferreti, ex-PM | Reprodução
Kel Ferreti, ex-PM | Reprodução

O influenciador digital e empresário Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro.

A decisão foi proferida pela 4ª Vara Criminal de Maceió, que considerou procedente a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas. O crime aconteceu no dia 16 de junho de 2024, em uma pousada localizada no bairro de Cruz das Almas, na capital alagoana.

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Abordagem por meio de grupo de apostas

De acordo com os autos, Kleverton se aproximou da vítima após interações em um grupo de apostas online, onde atuava como gestor. Ele utilizava sua posição para oferecer vantagens financeiras e, posteriormente, passou a manter conversas privadas com a vítima, enviando dinheiro via Pix e sugerindo encontros.

Após a troca de mensagens, algumas com teor sexual, o influenciador combinou um encontro com a jovem em uma pousada.

No local, segundo a denúncia, ele cometeu o estupro mediante o uso de força física extrema, desferindo socos, tapas, mordidas e até tentativa de estrangulamento, ignorando os apelos e sinais claros de sofrimento e dor por parte da vítima. Ela afirmou ter tentado escapar diversas vezes, mas ficou em estado de choque, com medo de ser morta.

Após o abuso, o agressor teria minimizado a violência, sugerindo que ela usasse gelo para as lesões e fazendo comentários irônicos sobre o ato. Provas e depoimentos reforçaram a acusação O crime foi comprovado por meio de exames médicos e imagens que registraram as lesões. O laudo de corpo de delito apontou marcas condizentes com agressões físicas intensas, corroborando a versão apresentada pela vítima.

Testemunhos de amigos e funcionárias da pousada reforçaram a credibilidade da acusação. Em sua defesa, o réu negou o estupro e alegou que a violência teria ocorrido em um contexto de “consentimento” vinculado a supostos fetiches.

Contudo, o juiz Josemir Pereira de Souza rejeitou a tese, destacando que os elementos dos autos demonstram claramente a ausência de consentimento.

“O relato da vítima é firme, coerente e está alinhado às provas materiais.  As lesões, aliadas ao comportamento emocional da vítima e aos depoimentos prestados, evidenciam a gravidade da violência sofrida”, afirmou o magistrado na sentença.

Condenação, indenização e manutenção da prisão Além da pena de 10 anos de reclusão, o influenciador foi condenado ao pagamento de uma indenização de R$ 50 mil por danos morais à vítima.

A prisão preventiva, que já estava em vigor desde a denúncia, foi mantida diante da gravidade dos fatos e do risco processual.

A defesa de Kel Ferreti, representada pelo Escritório de Advocacia Graciele Queiroz, não se pronunciou sobre a decisão.

A equipe jurídica informou, por meio de comunicado, que está com os atendimentos temporariamente suspensos entre os dias 14 e 20 de abril para atualização de seus sistemas, e que retornará as atividades normais a partir de 21 de abril. Segundo a nota, o contato com os clientes continua sendo mantido por canais exclusivos de cada caso.

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